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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tupã e Eu

 Fonte da Imagem: http://www.imagenscolorir.com/



Tupã era um belo cachorro grande e valente, meu melhor amigo e companheiro na minha infância. Numa época em que eu vendia leite de porta em porta, ele me acompanhava e até me fazia esquecer a vergonha que eu tinha das pessoas; a minha timidez era grande, me fazia até agüentar o cansaço pelo peso que do galão eu carregava. Mais tarde quando aprendi apartar o gado, ele também ia junto me distraindo, assim eu sentia menos medo.

    Certo dia eu estava indo buscar o gado, eu sempre ia á pé com ele do meu lado; como sempre. Passamos por um trieiro rotineiro, que á certa altura tinha um toco velho onde tinha fincado nele uma foice antiga enferrujada. Saímos fora desse caminho para ir á procura de umas vacas desgarradas, e voltamos para estrada de origem. Quando passamos de volta próximo ao toco com a foice, nos deparamos com o toco sem a foice, tal qual foi o meu susto, até parecia que o Tupã também sentiu o mesmo que eu. Parei, Tupã parou também, parecia que eu e ele nem respirávamos, senti  que á qualquer momento alguém iria nos abordar. Senti pontadas em todo corpo parecia que eu estava ligada na tomada elétrica. Quanto ás minhas costas parecia que eu quase sentia a mão espalmada tocando o meu ombro e lele com aquela foice no meu pescoço. Não ouvi nenhum barulho e nem notei galhos quebrados. Saí devagarzinho, o Tupã demorou um pouco para me acompanhar, ele estava muito cismado, dava para perceber que se tratava de um desconhecido. Com certeza Deus e o meu anjo da guarda me protegeu.

  Tupã viveu só mais uns anos. Só não viveu mais porque ele foi envenenado por um vizinho. Ele começou com uma mania de correr atrás de uns porcos que começaram a perturbar em nossa casa. Eles corriam para os seus donos, e o Tupã voltava.

Mas com o tempo ele começou á morder os porcos, ai ele tomou gosto e passou á matar um e comer uma boa parte do porco. Meu querido amigo se foi e me deixou triste por muito tempo. 

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