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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Trauma de Cobra


                           Fonte da Imagem: http://www.panoramio.com/photo/1336534?comment_page=2

Quando criança eu gostava de observar os movimentos das aranhas que pegavam qualquer inseto que passasse perto das teias delas. Quando eu conseguia salvá-las me sentia tão bem! E vez ou outra eu achava filhotinhos de ratos, eram tão fofinhos! Quando eu era descoberta com eles na palma de minha mão, era um Deus nos acuda. Eu era obrigada a sair correndo prometendo matar e jogá-los no mato. Mas não era o que eu fazia. Já distante eu os ajeitava no melhor lugar que conseguia encontrar, voltava correndo mentindo que tinha feito o que foi mandado.
                                                                                               
Que seria do mundo se todos pensassem e agisse dessa maneira, o mundo seria comandado pelos ratos e seus descendentes. Ainda bem que os adultos têm o controle racional; não que eu aprove tais violências de como eles agem perante os insetos, e outros animais. Naquela época eu não tinha medo de cobra, quando os adultos encontravam uma cobra lá estava eu, olhando bem de perto. Por duas vezes a cobra caninana correu atrás de mim, mais eu continuava ali sem noção do perigo. Nós morávamos no casarão da fazenda que era bem perto do rio com o nome de Sepotuba; por sinal muito perigoso com histórico de vários sumiços e afogamento. Numa fazenda vizinha dois irmãozinhos foram levados pelas águas. E apenas um corpo foi encontrado.

     Mas certo dia meus tutores mataram uma cobra enorme; como sempre. E resolveram jogá-la ao rio, e me perguntaram se eu conseguiria ir puxando ela pela calda até o rio. Eu me prontifiquei na hora, me senti a grande menina corajosa. Quando eu cheguei à beira do rio, ela escorregou mais uma vez, quando eu abaixei para agarrar na calda, ela se serpenteou toda! Eu dei um grito tão alto, do qual nem sabia que conseguiria. Pois eu falava mancinho e baixo. Foi à pior sensação de medo de minha vida. Meus tutores vieram correndo, inacreditados e desesperados pelo que ouviram. Pois eu dei apenas um grito prolongado e me calei horrorizada, ao ver a cobra se mexendo sem parar, quando eles chegaram eu repetia que a cobra estava viva.O casal até começou á discutir pela irresponsabilidade cometida. E por medo do que os visinhos iriam dizer daquela situação. Mas acabaram constatando de que a cobra esta realmente morta, e ficaram comentando o porquê da cobra se movimentar depois de morta. Esse episódio me marcou para sempre, não posso ver nem uma minhoquinha de pesca se mover, que tenho que fechar os olhos; para não ter uma vertigem.

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