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sexta-feira, 23 de março de 2012

Câncer de mama


                    Coisas da vida, perdas e ganhos


  Eba! final de fevereiro fez cinco anos que fui submetida á mastectomia, e me livrei do câncer. Estou feliz e um tanto preocupada, com a possibilidade de uma nova cirurgia á qualquer momento seja por problemas ou para reconstrução mamaria, estou com consulta marcada e com a mamografia pronta á algum tempo e lá consta um achado que deve ser observada com mais atenção com uma ultrassonografia, com isso eu fico meio paralisada á espera dos resultados, todo o ano faço os exames e sempre fiquei um pouco ansiosa enquanto espero os resultados desde á cirurgias nunca acharam nada; graças á Deus, mas agora só me resta forçar pensamentos positivos. Minha oração na hora H sempre foi o silêncio; pela primeira vez eu desabafo.  
Sou muito grata pelo SUS, mas eu sofro muito com a lentidão do SUS e muitas outras falhas gravíssimas no sistema. com certeza todos nós que dependemos do SUS.
Tenho pavor só de pensar em cirurgia; não da cirurgia em si, mas da anestesia devido eu ser alérgica á certos tipos de anestesias, inclusive aos quinze anos perdi os sentidos na cadeira do dentista, passei por maus bocados em consultórios de dentistas com a anestesia xylocaína ou lidocaína. A primeira cirurgia eu passei muito mal em seguida que fui anestesiada.
A cirurgia do pescoço eu fiquei bem mais de três meses com a região do peito e das costas tão dolorida como se eu tivesse sido espancada, que eu não conseguia nem me virar para os lados devidos á uma parada cardíaca. Veja bula.  http://bulario.net/xylocaina/
No entanto eu deveria estar totalmente feliz por não ter sofrido com os tratamentos agressivos que a maioria sofre. Mas não foram fáceis esses cinco anos com os incômodos como se não bastasse à perda da mama, ainda tive e tenho que conviver com o excesso de tecido da mama operada situado debaixo do braço, segundo o cirurgião foi reservado para reposição da mama. O desconforto aumentou devido eu ter engordado com o uso de alguns remédios para depressão e síndrome do pânico que eu já tomava, e o fator idade também ajudou.
Muitas mulheres usam a prótese mamaria todos os dias como recomendam as fisioterapeutas, eu só uso para sair de casa, e fico doida para chegar a minha casa para me ver livre da prótese. E se fico o dia inteiro com o sou teens as dores são terríveis; devido o edema provocado pelas alças do mesmo. Com a falta do uso fiquei com um ombro caído para o lado esquerdo.
Espero que um dia inventem próteses e sou teens mais confortáveis.
Sofro com as dores constantes no braço do lado que foi feito a mastectomia radical, com os edemas sempre que eu me exponho ao sol ou quando pego pesos á mais.  
Quando fui operada eu pensei que depois de no máximo quatro meses eu escapando do câncer com vida, teria sido só mais uma cirurgia.
Á dois anos a fisioterapeuta me disse que eu tive muita sorte; eu também.
 Ela contou-me que ouve caso de paciente que não teve a mesma sorte e desenvolveu um edema que endureceu como uma taboa nunca mais voltou ao normal, nem com fisioterapia intensa, ficando com o braço e todo o lado operado sem movimento; isso com mais de dez anos após a mastectomia.   
Nos primeiros meses eu fiz de um tudo, fiz faxinas e até capinei o quintal de casa, tudo bem que eu ficava uns três dias ou mais de cama com o corpo inchado e cheio de dor, só para lembrar, a dor do braço quando está doendo muito forte, não passa com nenhum tipo de remédio, os exercícios ajudam bastante; para quem é disciplinado. Veja mais:  http://www.apfccmatao.org.br/index.php?id=25
Á dois anos, eu cuidava do netinho que está com três anos, na época ele era bem pesado pela idade, eu estava me sentindo tão mal que eu fiz igual à tropa de elite (pedi pra sair).
 Parabenizo as mulheres fortes que sofreram e sofrem sem fazer uso dos calmantes os famosos “coloridinnhos” compreendo que sou fraca meus nervos foram prejudicados com sofrimentos anteriores, mas cada um segue a vida como pode com a força que consegue.  
Conheci pacientes rodeados de parentes, mas que me deu pena de ver o quanto sofria, tive a certeza que um calmante seria propicio para relaxá-las. Lembrei-me de quando eu tive o câncer da tireóide, minha filha quis impedir que eu continuasse com o calmante, que eu tomava á algum tempo dizendo que eu teria que sentir todo o processo para reagir melhor ao tratamento. Eu até pensei que ela estava agindo com maldade, depois desconfiei que fosse por falta de informação, ela tentou me cercar de todo o jeito para que eu não fosse atrás da ajuda de meu médico para que ele me receitasse o meu calmante de uso continuo.
 Gente é normal o primeiro câncer derrubar qualquer ser humano; mesmo os mais fortes e equilibrados. Tomara á Deus que ninguém esteja passando por essa experiência absurda; e se estiver vá atrás de seu bem estar. faça mamografia todos os anos; previna-se contra o câncer antes que seja tarde demais.
                                                   imagem colhida do mt mama
                                                 

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