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domingo, 13 de maio de 2012

Mulher empreendedora




                                                                    Imagem de  http://estranhomundodelena.blogspot.com.br/
                                     

Quero passar uma experiência de vida que eu tive á alguns anos no tempo das vacas magras, e que deu muito certo para mim.
Quando me separei eu estava grávida de alguns meses e com mais duas filhas pequenas, para criar sozinha longe de meus familiares. Com pouco estudo, e para piorar eu não sabia fazer artesanato e nenhum tipo de salgado. Eu apenas sabia trabalhar para os outros, mas grávida e muito doente é difícil arrumar emprego; sim muito doente! Muitos dizem que gravidez não é doença, até não deixa de ser verdade, mas no meu caso não faço parte das grávidas sortudas, que tem uma gravidez abençoada por Deus do inicio ao dia do parto. No meu caso eu ficava os primeiros quatro meses muito debilitados quase nada parava em meu estomago, eu emagrecia tanto que ficava irreconhecível; não só os outros pensavam que eu não iria sobreviver, mas até eu pensava assim, eu perdia totalmente a esperança de vida.
Eu vivia de casa para o hospital e vice versa, e morando nas casas dos outros, que graças á Deus me acolheram atrasando suas vidas. Talvez elas não saibam, mas serei grata para o resto de minha vida. E para piorar a filha menor foi desenganada pelos médicos dos três respeitados hospitais da capital.
 Graças á Deus ela ficou curada em casa com remédio caseiro, com uma grande ajuda de duas vizinhas que acreditavam em plantas medicinais de fundo de quintal; ela era só pele e osso e em menos de um mês meu bebe de menos de dois anos engordou e deu os primeiros passinhos, pois ela não conseguia nem firmar as perninhas no chão. Ela estava com desidratação aguda, pneumonia aguda e ficou com desnutrição de segundo grau: palavra dos médicos. Não tinha como ser diferente, nada parava em seu estomago, isso durou sofridos dez meses.
Eu tinha um apego por remédios de farmácia, eu confiava em cada receita que o médico me receitava, mesmo tendo que trocar todos os remédios cada vez que eu trocava de medico. E com isso todo dinheiro que eu pegava era para comprar remédios.
Depois de sofrer muito, lentamente fui me recordando de minha infância e da época quando eu estava na adolescência. Lembrei de minha mãe de criação, do quanto ela era empreendedora, não deixava perder nada, ela vendia tudo que produzia á mais; na verdade ela me mandava vender de porta em porta, que com minha timidez não á ajudava muito eu vendia de um tudo, depois ela mesma pegou a carroça e fez bonito. Mais pra frente ela passou a usar um fusquinha de vez em quando.
 Lembrei-me principalmente de umas quitandas deliciosa que ela fazia, ela me punha para ficar perto para eu aprender, dizendo que toda moça deveria ser prendada, para não depender só do marido e poder fazer compras de seu interesse por conta e risco. Mas em minutos eu saia de mancinho pro pomar; por falta de paciência e de interesse.
Vi-me em apuros procurando daqui e dali pelas receitas de uma bolacha de sal amoníaco que era um delicia do biscoito de polvilho a famosa peta e dos sequilhos também de polvilho doce ou araruta. 
 Quando encontrei e achei o mais parecido botei a mão na massa com tanto entusiasmo e esperança que tudo que eu fabricava vendia, alias meus dois filhos menores vendiam. Que me ajudou a manter o meu sustento e o sustento de meus filhos por muito tempo.
Eu fazia e punha nos saquinho plástico que encontrei nas casas de embalagens, hoje á muitas embalagens prática de todo tamanho e de uma praticidade incrível.
Começamos vendendo para os vizinhos, amigos e conhecidos, depois fui contratando revendedores.
Com o tempo fui pondo nas mercearias e mercados, mesmo com ajudantes fiquei com dificuldades em atender á todos era fazer e vender trabalhava das sete da manhã ás dez da noite. Mas lembre-se o cheiro dessas quitandas atrai muita visita. E as indesejáveis vêm juntas; principalmente os invejosos que ficam á atrapalhar e tentando pegar a receita não só para tirar seus fregueses e também para vender a receita á pessoas de poder aquisitivo melhor.  Receitas de biscoito de polvilho têm muitas e de sequilhos também, mas para achar a receita certa leva tempo. Eu tive que fazer varia experiências até aprovar uma. Já fiz sociedade algumas vezes, mas não deu certo.
Depois eu lhes passo as receita dos dois biscoitos, talvez muitas de vocês já tenham e até melhor do que a minha e não se deu conta. 
Mais tarde aprendi á fazer salgados e muitas outras coisas para vender que da para sobreviver, sem precisar ficar sofrendo ao lado de maridos violentos. Nós mulheres temos que aprendermos a lutar sozinha e com dignidade, nós merecemos. 
Mesmo hoje na era da informação da tecnologia, ainda existem mulheres que quando perdem o marido ou não agüentam mais viver sofrendo com a traição constante do marido, sem ter coragem de dar um basta na situação e seguir sozinha, por medo de passar fome com os filhos. Não por não saber fazer nada para sobreviver, mas, para muitas a separação é o fim do mundo, é certo que uma separação é muito difícil, mas difícil mesmo é não saber fazer nada. Algumas acham que tem que procurar um homem qualquer para lhes sustentar e com isso correr o risco de entrar numa roubada para se arrepender para o resto da vida. Esquecendo de si, e não de tempo de encontrar uma pessoa boa para dividir os direito e deveres e viver o amor. 
Desculpe-me pela demora, ai vam as duas receitas prometida.
                 
          Biscoito de polvilho doce ou (peta)
                              Ingredientes: 
Meio kilo de polvilho doce ou (um litro)
Uma lata (das de leite moça) de óleo de soja
Meia lata (das de leite moça) de água
Uma colher rasa de sal
Cinco á Sete ovos inteiro
                         Modo de fazer:

Poe o polvilho numa vasilha e reserve.
Despeje em uma panela a lata de óleo, a meia lata de água e leve ao fogo para ferver, espere ferver cuidado para não se queimar.
Despeje aos poucos as duas misturas fervidas na vasilha com polvilho mexendo com a colher, deixe esfriar um pouco e mexa com uma mão e vá quebrando os ovos com a outra mão.
Depois de bem misturado use saco de confeiteiro.
 Ou coloque a massa num saquinho de plástico.
Faça um furinho no fundo do saco e esprema na assadeira sem untar modelo palito ou rodelas, leve ao forno aquecido.
Deixe os biscoitos afastados, pois eles crescem bem.

Observação: Devido à grande quantidade de ovos eu fiz uma experiência que deu certo, hoje eu coloco cinco ovos e termino de amolecer com água morna notei que ficou mais leve, e de quebra economizei gastava mais de três caixas de ovos por semana.
 Se quiser use metade de polvilho azedo com outra de polvilho doce; as petas ficam mais leves.  Só retire do forno bem sequinho.


                                       Sequilhos
    Ingredientes: um ovo inteiro, uma colher de café rasa de fermento para bolo, uma pitada de sal, uma pitada de canela em pó, ¾ de margarina de boa qualidade e polvilho doce até dar o ponto de enrolar.
Sabores variados: coco ralada, canela em pó, baunilha, morango quique, chocolate em pó etc., quando usar os sabores em pó adicione uma porção á mais de mais margarina.
                        Modo de fazer:
Misture todos os ingredientes em uma vasilha grande até a massa ficar homogênea e no ponto de enrolar na pedra é melhor. Modele á seu gosto e arrume-os nas assadeiras e leve ao forno moderado.
Cuidado para não passar do ponto; ele assa bem rápido. Hoje em dia nas casas de embalagens se encontra variedades de embalagens.
Boa sorte, qualquer coisa entre em contato comigo que terei o enorme prazer em falar com você.

 
    



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